03/06/2021

Entenda o que muda e o impacto da pandemia no novo ensino médio Entenda o que muda e o impacto da pandemia no novo ensino médio





A partir de 2022, proposta coloca o estudante como o protagonista da vida escolar e prioriza projetos de vida.

O novo ensino médio, por lei, passa a valer a partir de 2022 em todo o país, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia de covid-19. Entenda qual é o momento atual da implantação nos estados e quais as mudanças que estudantes devem encarar no próximo ano.  

Em São Paulo, escolas da rede estadual já deram os primeiros passos para o processo de implantação neste ano e na próxima terça-feira (8) a Seduc (Secretaria de Estado da Educação) fará o anúncio de pelo menos dez possíveis itinerários formativos que os estudantes poderão seguir.

Aprovada em 2017, a proposta do novo ensino médio coloca o estudante como o protagonista da sua vida escolar e de seus projetos de vida. Dessa maneira, os alunos do ensino médio devem ter a formação em um currículo baseado na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), em quatro áreas do conhecimento (Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas). E 40% da carga horária será destinada a escolha de itinerários formativos para o aprofundamento em uma ou mais áreas ou para a formação técnica. 

O processo de transição para o novo ensino médio, principalmente por conta da pandemia, segue em diferentes níveis. Cecilia Motta, secretária de Educação do Mato Grosso do Sul e vice-presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) destaca que "cada estado está em um momento diferente para a implantação do novo ensino médio, mas existe, em geral, um trabalho de formação de professores realizado à distância."

De acordo com o balanço do Consed, 20 estados inscreveram os currículos nos CEEs (Conselhos Estaduais de Educação) e destes11 já foram homologados. Seis estados estão finalizando a consulta pública e apenas a Bahia está em processo de construção curricular.

As mudanças também impactam as editoras de livros. "Os materiais didáticos auxiliam no processo de transição para o novo ensino médio, os professores passarão a trabalhar de forma integrada e as obras devem seguir esse caminho", observa Ângelo Xavier, presidente da Abrelivros (Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional). Para a elaboração desse novo material didático as editoras contaram com equipes multidisplinares para a elaboração do conteúdo.

O novo ensino médio, a partir de 2024, também deve impactar as provas do Enem, a principal porta de entrada para as universidades do país. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela aplicação do exame, deve adaptar o exame para avaliar melhor os itinerários formativos. 

Redação com R-7