29/07/2020

Procurador Geral diz que lava jato em Curitiba armazena dados de 38 mil pessoas Procurador Geral diz que lava jato em Curitiba armazena dados de 38 mil pessoas





O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta terça-feira que a força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba funciona como uma "caixa de segredos". Aras disse que a força-tarefa tem 350 terabytes em informações, contra 40 terabytes de todo o Ministério Público Federal (MPF), e disse que sua gestão quer dar "transparência" a esses dados.  

— Estamos falando da transparência que estamos a promover. Todo o Ministério Público Federal, em seu sistema único, tem 40 terabytes. Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas lá com seus dados depositados. Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios, e não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos. Nenhuma instituição — disse Aras, em uma transmissão promovida pelo grupo de advogados denominado Prerrogativas.

No início do mês, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, atendeu a um pedido de Aras e determinou que as forças-tarefa da Lava-Jato no Paraná, no Rio de Janeiro e em São Paulo entreguem à PGR todas os dados já obtidos nas investigações.

De acordo com o procurador-geral, uma "unidade" no Ministério Público é "necessária" para evitar que as informações de investigações sejam utilizadas para "chantagem" ou "bisbilhotice".

Aras também disse que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) teria mostrado que a força-tarefa de São Paulo tem uma "distribuição personalizada" de processos, e acrescentou que os grupos do Rio de Janeiro e Curitiba também fariam isso.

Redação com O Globo