21/07/2020

Governador gaúcho diz que Bolsonaro estimula a divisão, mas não se arrepende de ter votado nele Governador gaúcho diz que Bolsonaro estimula a divisão, mas não se arrepende de ter votado nele





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Governador do RS afirmou que política de Paulo Guedes "é boa para o país"

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou na noite desta segunda-feira (20) que não se arrepende de ter votado em Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, mas que o presidente estimula a divisão do Brasil. Em relação ao enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus no país, o governador ainda afirmou que o governo federal se equivocou. As declarações foram dadas ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

De acordo com Leite, seu papel como chefe do Executivo gaúcho não é fazer oposição ou enfrentar o presidente, mas buscar cooperação.

— Não deixo de externar minhas posições em relação a assuntos divergentes da opinião do presidente, aliás como fiz em 2018, no segundo turno. Eu declarei o voto, mas não deixei de exercer a crítica e dizer com muita clareza onde estavam as minhas diferenças em relação ao então candidato Jair Bolsonaro, como no que diz respeito ao convívio harmonioso entre pessoas. Um presidente tem que unir o país, na minha visão e não dividir, não aprofundar a divisão.

Perguntado se sente arrependimento do voto, Leite afirma que o retorno do PT seria "muito ruim para o país":

— Não é a questão. Não tenho arrependimento. Naquela situação, acho que seja muito ruim naquele momento o retorno do PT, depois de tudo que tinha acontecido. O melhor para o Brasil seria não ter tido aquele segundo turno, naquelas condições, mas (foi uma) decisão absolutamente soberana do povo.

Sobre o enfrentamento ao coronavírus, Leite acredita que o governo federal se "equivocou barbaramente":

— Especialmente (em relação ao distanciamento social) o governo federal se equivocou, para não dizer a outra palavra, barbaramente. Porque o distanciamento é mundialmente consagrado, inclusive por países com boa estrutura, com capacidade financeira, como uma ferramenta capaz de retardar o o crescimento e a disseminação do vírus. Mesmo as estruturas mais robustas de saúde no mundo não dispensaram algum grau de política de restrição de atividades.

Entretanto, o governador afirmou que a política econômica do ministro Paulo Guedes é "boa para o país", embora o PSDB tenha feito críticas ao ministro nas redes sociais.

Redação com ZH