26/05/2020

Planalto esperava ação contra Witzel e cobrava foco de Moro em ¨desvios¨ no RJ Planalto esperava ação contra Witzel e cobrava foco de Moro em ¨desvios¨ no RJ





A Polícia Federal iniciou na manhã de hoje a Operação Placebo contra o governador do RJ em investigação sobre desvio de dinheiro em hospitais de campanha.

Integrantes do Palácio do Planalto esperavam, nos últimos dias, uma ação que mirasse o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por suspeita de desvios na área da saúde. Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Federal (PF) iniciou a Operação Placebo contra o governador do RJ em investigação sobre hospitais de campanha.
O blog da Andreia Sadi recebeu relatos, nos últimos dias, da expectativa do governo de uma ação policial para aprofundar desvios na Saúde no Rio de Janeiro. Governistas lembram que “o que mais incomodava” o presidente Jair Bolsonaro na gestão Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, era a "falta de foco" nos supostos desvios no Rio.
Por Witzel ser adversário político do presidente, parlamentares de diferentes partidos ouvidos pelo blog se surpreenderam com a operação desta terça-feira (26), exatamente semanas após Bolsonaro conseguir trocar a direção da PF — e em meio ao inquérito que apura suposta interferência política dele no órgão.
Diante dessas avaliações de políticos, aliados de Bolsonaro reconhecem ao blog que o governo pode ser acusado de montar uma polícia particular de Estado, e que Bolsonaro é “atacado por todos”, mas que, se há desvios do governo fluminense, é preciso investigar.
Desde a eclosão do caso do porteiro, no âmbito das investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, Bolsonaro cobrava uma atuação mais contundente de Moro e da PF para investigar eventuais desvios de Witzel — mas o presidente julgava que não era atendido.
Uma das suspeitas de investigadores nos bastidores é de que o presidente queria o controle da Polícia Federal — reclamando de falta de informações — porque queria ter poder para investigar adversários, o que o Planalto nega.
O que governistas argumentam é que Bolsonaro, quando fala em "rede de informações", refere-se a porteiros, motoristas, além de policiais, e essas pessoas o informam de "desvios pelo país".
No caso específico dos desvios da saúde, o blog apurou junto a interlocutores de Moro que as investigações começaram ainda na sua gestão. Inclusive, segundo investigadores, a prisão de Mario Peixoto, empresário suspeito do esquema de corrupção na Saúde do Rio, era para ter ocorrido em março, mas, com a pandemia causa pelo coronavírus, a PF adiou a operação. Moro ainda estava no governo, portanto, as investigações começaram ainda com o ex-juiz à frente do Ministério da Justiça.
Aliados de Moro lembram também que o grupo especial de investigação foi criado ainda na sua gestão.
Portaria da Polícia Federal, com a data do dia 15/4, mostra que foi criado o “Grupo Especial de Combate à Corrupção e ao Desvio de Recursos Públicos - GECOR/COVID-19 para atuar durante o período de vigência do estado de emergência em saúde pública decorrente da situação de pandemia decretada pelo Governo Federal por conta da propagação da COVID-19”.
Moro deixou o governo dia 24 de abril.
Redação com blog de AndIntegrantes do Palácio do Planalto esperavam, nos últimos dias, uma ação que mirasse o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por suspeita de desvios na área da saúde. Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Federal (PF) iniciou a Operação Placebo contra o governador do RJ em investigação sobre hospitais de campanha.
O blog recebeu relatos, nos últimos dias, da expectativa do governo de uma ação policial para aprofundar desvios na Saúde no Rio de Janeiro. Governistas lembram que “o que mais incomodava” o presidente Jair Bolsonaro na gestão Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, era a "falta de foco" nos supostos desvios no Rio.
Por Witzel ser adversário político do presidente, parlamentares de diferentes partidos ouvidos pelo blog se surpreenderam com a operação desta terça-feira (26), exatamente semanas após Bolsonaro conseguir trocar a direção da PF — e em meio ao inquérito que apura suposta interferência política dele no órgão.
Diante dessas avaliações de políticos, aliados de Bolsonaro reconhecem ao blog que o governo pode ser acusado de montar uma polícia particular de Estado, e que Bolsonaro é “atacado por todos”, mas que, se há desvios do governo fluminense, é preciso investigar.
Desde a eclosão do caso do porteiro, no âmbito das investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, Bolsonaro cobrava uma atuação mais contundente de Moro e da PF para investigar eventuais desvios de Witzel — mas o presidente julgava que não era atendido.
Uma das suspeitas de investigadores nos bastidores é de que o presidente queria o controle da Polícia Federal — reclamando de falta de informações — porque queria ter poder para investigar adversários, o que o Planalto nega.
O que governistas argumentam é que Bolsonaro, quando fala em "rede de informações", refere-se a porteiros, motoristas, além de policiais, e essas pessoas o informam de "desvios pelo país".
No caso específico dos desvios da saúde, o blog apurou junto a interlocutores de Moro que as investigações começaram ainda na sua gestão. Inclusive, segundo investigadores, a prisão de Mario Peixoto, empresário suspeito do esquema de corrupção na Saúde do Rio, era para ter ocorrido em março, mas, com a pandemia causa pelo coronavírus, a PF adiou a operação. Moro ainda estava no governo, portanto, as investigações começaram ainda com o ex-juiz à frente do Ministério da Justiça.
Aliados de Moro lembram também que o grupo especial de investigação foi criado ainda na sua gestão.
Portaria da Polícia Federal, com a data do dia 15/4, mostra que foi criado o “Grupo Especial de Combate à Corrupção e ao Desvio de Recursos Públicos - GECOR/COVID-19 para atuar durante o período de vigência do estado de emergência em saúde pública decorrente da situação de pandemia decretada pelo Governo Federal por conta da propagação da COVID-19”.
Moro deixou o governo dia 24 de abril.
Redação com blog de Andreia Sadi