24/02/2020

Violência no Chile aumenta temor de radicalização dos protestos Violência no Chile aumenta temor de radicalização dos protestos





A violência voltou às ruas do Chile antes do início do tradicional festival internacional da cidade de Viña del Mar e as autoridades temem uma nova radicalização nos protestos a partir de março.

Oito veículos foram queimados e 23 policiais ficaram feridos em Viña del Mar, durante confrontos organizados por pessoas contrárias à organização do festival de música popular, que este ano foi inaugurado pelo cantor porto-riquenho Ricky Martin, que expressou apoio aos protestos sociais no Chile.

“Eu estou contigo Chile, nunca calados, sempre com amor e com paz”, afirmou o cantor de 48 anos.

Convocados pelas redes sociais, milhares de manifestantes se reuniram nas proximidades da Quinta Vergara, o anfiteatro ao ar livre onde acontece o festival, e protagonizaram confrontos violentos com a a polícia, que estava preocupada em assegurar a entrada do público no evento.

Um hotel tradicional da cidade foi atacado e os hóspedes – incluindo vários participantes do festival – foram retirados. Ao menos 30 estabelecimentos comerciais também foram atacados e saqueados por manifestantes, que desejavam a suspensão do evento em apoio aos protestos sociais que começaram em outubro.

Considerado o evento de música popular mais importante da América Latina, o festival – que tem duração de seis dias – terá nesta segunda-feira novos momentos de tensão. A atração da noite de hoje é a cantora chilena Mon Laferte, que apoia os protestos sociais e que é alvo de um pedido de boicote de grupos de extrema-direita.

As autoridades anunciaram que as medidas de segurança serão redobradas nos próximos dias.

Redação com AFP