28/01/2020

Brasileiro diretor de agência da ONU diz que nenhum país está protegido de receber alguém com coronavírus Brasileiro diretor de agência da ONU diz que nenhum país está protegido de receber alguém com coronavírus





Novo vírus descoberto na China parece ser menos letal e menos transmissível do que outros por trás de epidemias recentes, diz Jarbas Barbosa, diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde, mas países precisam estar alertas e preparados para lidar com surto


Descoberto em dezembro na China, um novo tipo de coronavírus já infectou milhares de pessoas e provocou dezenas de mortes no país, além de ter chegado a mais de uma dezena de outros países, o que colocou autoridades de todo o mundo em estado de alerta.

O 2019-nCoV, como é chamado oficialmente, faz parte de uma ampla família de vírus dos quais sete podem ser transmitidos a seres humanos por animais e causar desde um resfriado comum até problemas respiratórios que levam à morte.

Os coronavírus estiveram por trás de duas epidemias graves recentes. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês) matou 774 das 8.098 infectadas em 2003. Já a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês) matou 858 dos 2.494 pacientes identificados, em 2012.

Mas, até o momento, o novo coronavírus parece ser menos letal que seus antecessores e ter uma capacidade limitada de transmissão entre pessoas, explica o médico sanitarista e epidemiologista brasileiro Jarbas Barbosa.

Nenhum país está protegido de receber um viajante que tenha o vírus, inclusive o Brasil. Os países precisam estar preparados, prestando informações aos viajantes e alertando seus serviços públicos e também os privados, porque muitas vezes viajantes internacionais recorrem aos serviços privados. É importante que os países tenham capacidade de realizar os exames para confirmar ou descartar um caso e, ao detectar um, tomar as medidas de contenção para evitar que o vírus se propague e que um caso importado se torne o primeiro caso de transmissão local,disse o brasileiro.

Redação com BBC/Brasil