15/11/2019

Governo não terá mais obrigação de expandir rede de escolas públicas Governo não terá mais obrigação de expandir rede de escolas públicas





Mudança foi incluída na PEC do Pacto Federativo defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes


A União não terá mais a obrigação de expandir a rede pública de ensino em regiões que possuem carência de vagas para estudantes. A mudança foi incluída na Proposta de Emenda à Constituição do Pacto Federativo, defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, segundo o jornal Folha de S. Paulo. A PEC trata da reestruturação do Estado e da redistribuição de recursos entre União, estados e municípios, para o equilíbrio das contas públicas.

Apresentada pelo governo Bolsonaro ao Senado na semana passada, a PEC também revoga um trecho da Constituição que estabelece como função do Orçamento a redução das desigualdades regionais.

Bolsas pagas pelo governo

De acordo com o ministério, o acesso à Educação não será precarizado. A pasta, de acordo com a Folha, alega que a ideia é permitir que os alunos tenham opção de ir para o ensino privado por meio de bolsas de estudo que seriam pagas pelo governo. Mas a medida dependerá de regulamentação por meio de projeto de lei.

A equipe econômica comandada pelo ministro Paulo Guedes defende que o governo conseguiria reduzir gastos ao pagar bolsas para instituições privadas ao invés de construir e manter novas escolas públicas.

O governo federal argumenta ainda que o estudante teria autonomia para optar entre uma escola pública ou privada, nas regiões em que fosse possível.

Ensino privado ganhará mais espaço

A iniciativa abre espaços para que a participação do ensino privado seja ampliada no país, como, segundo noticiou a Folha, defende a equipe econômica do Planalto. Atualmente, Constituição Federal determina que o governo é obrigado a investir prioritariamente na expansão da rede de ensino quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública em determinadas localidades. Se a proposta for aprovada pelo Congresso, o trecho será excluído do texto da Carta Magna.

Redação com O Dia