11/10/2019

Imoral. Roubo de veículos ultrapassa marca de 1 milhão no Brasil em 4 anos Imoral. Roubo de veículos ultrapassa marca de 1 milhão no Brasil em 4 anos





O número de roubos de veículos no Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de ocorrências nos últimos quatro anos, de acordo com dados do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública), órgão atrelado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Trata-se de uma modalidade que, apesar de ser um crime contra o patrimônio, coloca em risco a vida das vítimas.

No entanto, apesar da grande incidência de delitos nos municípios brasileiros — a frota circulante atual no país, incluindo comerciais leves e ônibus, é de 44,8 milhões de veículos. —, as estatísticas apontam que houve uma queda de 26,7% na comparação entre os períodos de janeiro a maio deste ano com os cinco primeiros meses de 2018 (108.993). Já a redução das ocorrências entre 2018 com o ano anterior — tanto de frutos quanto de roubos — é de aproximadamente 10%.

O levantamento do governo federal apontou que, entre 2015 e 2019, foram registrados 1.103.606 crimes deste tipo no país — o que representa uma média de 106,6 veículos para cada grupo de 100 mil habitantes. O ano de 2017 teve a maior incidência de roubo de veículos (276.389). No ano passado, houve 238.672 ocorrências, segundo as estatísticas do Sinesp. Em 2019, o mesmo gráfico mostra o registro de 79.848 casos até o mês de maio.


Furtos

Os registros de furtos de veículos — quando o bem é levado sem a presença da vítima — recebidos pelo governo federal são ainda maiores que as ocorrências de roubos. Foram 1.139.961 casos no mesmo período (2015 a maio de 2019), média de 110,12 crimes por 100 mil habitantes. Somente neste ano, foram contabilizados 91.789 furtos em todo o território nacional.

Crime rentável

O consultor em segurança pública Marcos Carneiro de Lima, ex-delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, considera que furtos e roubos de veículos sempre foram muito expressivos no país por ser altamente rentáveis para os criminosos. "O crime compensa porque gera dinheiro sujo para muita gente."

Segundo o ex-policial, os veículos têm como destino o desmanche ou a adulteração do veículo — prática conhecida como dublê. "A cadeia de pessoas envolvidas é grande, inclusive envolvendo agentes públicos. A maior parte dos carros adulterados fica no Brasil. A lenda do Paraguai está superada", avaliou.

Redação com R-7