17/09/2019

Bolsonaro diz que presidente da Petrobras não deve mexer no preço do combustível Bolsonaro diz que presidente da Petrobras não deve mexer no preço do combustível




O presidente Jair Bolsonaro confirmou na noite desta segunda-feira, 16, que a Petrobras vai segurar o preço da gasolina, apesar da disparada no valor do petróleo após os ataques a refinarias na Arábia Saudita, ocorridos no fim de semana. Bolsonaro afirmou, em entrevista à RecordTV, que conversou sobre o assunto com o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

Presidente Jair Bolsonaro

Bolsonaro disse que a tendência natural seria seguir o preço internacional, que “viria para a refinaria, para a bomba no final das contas”. “O governo federal já zerou seu imposto federal, que é a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Não podemos exigir nada dos governadores no tocante a ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)”, disse o presidente. “Mas, o que acontece… Conversei com o presidente da Petrobras e ele disse que, como é algo atípico e tem um fim para acabar, ele não deve mexer no preço do combustível”, declarouBolsonaro.

CPMF

O presidente declarou que não irá insistir na criação de um imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Bolsonaro afirmou que até se pode falar em CPMF e deixar o povo discutir, mas “não pode ser uma proposta de governo”.

Ele disse que o então secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, ficou “insustentável” no cargo depois de defender a criação de uma nova CPMF e que quem o exonerou foi o ministro da Economia, Paulo Guedes. Cintra foi demitido na semana passada.

Bolsonaro afirmou ainda esperar um “impacto muito rápido” na economia com os saques de R$ 500 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que começaram no fim de semana. Segundo o presidente, a situação econômica não está ainda nos níveis que ele esperava.

Carlos e a democracia

Jair Bolsonaro também disse que o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSL), seu filho, teve razão ao afirmar numa postagem recente no Twitter que, “por vias democráticas, a transformação que o Brasil quer não acontecerá no ritmo que almejamos”.

Redação/Veja.com