31/08/2019

Diretor-presidente da Ancine foi afastado por passar informações sigilosas Diretor-presidente da Ancine foi afastado por passar informações sigilosas





Christian de Castro Oliveira foi afastado nesta sexta-feira, 30, da presidência da Agência Nacional de Cinema (Ancine) pelos crimes de violação de sigilo funcional, denunciação caluniosa, prevaricação, calúnia, difamação, injúria e associação criminosa. A decisão, publicada no Diário Oficial, atende a uma decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro.

Para o lugar de Christian, Alex Braga Muniz foi nomeado como “substituto eventual”. Segundo o decreto, ele vai exercer a função durante as “ausências eventuais e impedimentos do titular”

De acordo com o Ministério Público Federal, entre os dias 31/10/2017 e 15/12/ 2017, Christian, Juliano Cesar Alves Vianna e Magno de Aguiar Maranhão Junior teriam supostamente acessado os sistemas eletrônicos da Ancine e passado informações sigilosas a Ricardo Alves Vieira Martins, que era sócio de Christian e, na época, não tinha nenhum vínculo com a agência.

Essas informações, ainda segundo o MPF, foram utilizadas pelo grupo para caluniar outros dois diretores da agência (um deles, Alex Braga Muniz, que assume a presidência da Ancine de forma interina), passando para a imprensa informações que eles sabiam que eram falsas. As notas acusavam os diretores de desvio de recursos da Ancine. O grupo também montou uma denúncia contra os diretores e a enviou de forma anônima ao Ministério Público.

Sergio Sá Leitão, Marcos Tavolari, Cláudia Pedrozo e Ricardo Pecorari teriam deixado de instaurar processo administrativo disciplinar contra os Christian, Juliano e Magno e não comunicaram às autoridades responsáveis que eles cometeram o crime de violação de sigilo funcional. Uma troca de emails mostra, segundo o MPF, que eles sabiam do acesso indevido.

Redação/Veja.com