24/08/2019

Cidades tiveram bate-panela durante fala do presidente Cidades tiveram bate-panela durante fala do presidente




Manifestantes bateram panelas em praticamente todos os bairros da Zona Sul, e também na Zona Norte e Centro do Rio durante o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre as queimadas na Amazônia e a decorrente crise internacional, na noite desta sexta-feira. O protesto também foi registrado em outros pontos da Região Metropolitana, como em Icaraí, no município de Niterói.

Em São Paulo, foram registrados panelaços em bairros como Pinheiros, Higienópolis, Itaim, Bela Vista, Jardins e na região central da cidade. Alguns motoristas que dirigiam no trânsito paulistano também pararam os carros e passaram a buzinar em protesto à fala do presidente.  Também foram ouvidas gritos com palavras de ordem. Além da capital, houve manifestações em cidades do litoral e interior.

Em outras cidades do Brasil também foram ouvidos protestos, como Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia, Vitória, Recife, Porto Alegre e Brasília.

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Os protestos foram convocados por redes sociais. A #panelaço ficou em segundo lugar nos Trending Topics do Twitter no Brasil e em terceiro lugar no mundo. Personalidades como a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-presidenciável Marina Silva (Rede) e o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), além de artistas como Marcelo D2, Patrícia Pillar e Fernanda Paes Leme ajudaram a convocar as manifestações. 

Também nesta sexta-feira, cerca de 600 pessoas se reuniram na Cinelândia , no Centro do Rio, para protestar  contra o aumento do desmatamento da Floresta Amazônica e os  incêndios que castigam a região.

Em seu pronunciamento, Bolsonaro lembrou que assinou decreto na tarde desta sexta-feira que  autoriza o emprego das Forças Armadas para ajudar no combate aos focos de incêndio na região da Amazônia Legal  . O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial.

Mais cedo, o presidente da França,  Emmanuel Macron disse que Bolsonaro mentiu sobre compromissos climáticos  e afirmou que será contrário ao acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Na quarta, ele havia convocado  os participantes da reunião da cúpula do G-7 (grupo das sete maiores economias entre os países desenvolvidos), neste fim de semana, na França, a a discutir a questão da Amazônia  no encontro. 

Redação com O Globo