06/07/2019

Após cogitar renúncia, Jorge Kajuru volta atrás e diz que ficará no cargo de senador Após cogitar renúncia, Jorge Kajuru volta atrás e diz que ficará no cargo de senador




Um dia depois de anunciar no Twitter que renunciaria ao cargo de senador, Jorge Kajuru afirmou que voltou atrás da decisão e ocupará o posto até o final do mandato. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa Os Pingos nos Is,da Rádio Jovem Pan de São Paulo, nesta sexta (5).

O parlamentar foi alvo de uma polêmica envolvendo o decreto do presidente da República que permitia o porte de armas a 20 novas categorias. Kajuru, que se posicionou contrário à medida por considerá-la inconstitucional, foi criticado por internautas e decidiu rebater. “Que se fodam”, disse, em retaliação às opiniões dos usuários durante uma entrevista ao site O Corvo.

Em seguida, o senador anunciou que poderia desistir do cargo por não contar com o reconhecimento dos eleitores. “Devo confessar que estou decidindo a renunciar. Não preciso disso e parece não vale a pena, pois não há reconhecimento. Muitos gostam do malandro, corrupto, falso e hipócrita”, escreveu. “De hoje até segunda, concluo se o melhor é renunciar mesmo”.

Durante a entrevista à Jovem Pan, Kajuru reconsiderou a publicação e disse que estava de “saco cheio” das críticas, mas que se manteria no cargo. “Renúncia em certas horas é coisa de covarde. E eu não nasci para ser covarde”, afirmou. “Deus dá o peso a quem sabe e a quem pode carregar, então por isso eu vou continuar como senador”.

O senador, no entanto, deixou o PSB, partido pelo qual foi eleito, após apresentar um projeto de lei com o mesmo teor do decreto de Bolsonaro. A proposta é mais branda do que a do presidente e não permite, por exemplo, a venda de fuzis a quem se beneficiasse da flexibilização. Mesmo assim, a agremiação não concordou com a ideia e pediu a saída de Kajuru.

“O PSB não entendeu a minha posição, foi radical em parte, eles têm uma visão muito específica sobre essa questão das armas”, argumentou. “Eu simplesmente fui favorável ao porte em propriedade rural, mas não quero bangue-bangue nas cidades. Tudo bem, quero mesmo ficar sem partido, apesar de o PSB ser meu partido de coração”.

Redação com JP