03/07/2019

Sem estados e municípios, relatório da Previdência pode ser votado hoje Sem estados e municípios, relatório da Previdência pode ser votado hoje




A comissão especial que discute a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados pode votar o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) nesta quarta-feira (3). Essa é a última etapa antes que o texto siga para o plenário e um possível adiamento da votação pode frustar as expectativas de encaminhar a proposta para o Senado Federal ainda ente primeiro semestre.

O início do processo de votação, no entanto, não deve ser fácil. A oposição já anunciou que vai apresentar todos os requerimentos previstos no regimento para tentar atrasar o processo. Essa obstrução, como mostra o deputado Henrique Fontana (PT-RS), já começou durante a leitura do voto complementar, que aconteceu nesta terça-feira (2). “Nós vamos disputar cada brecha que tivermos para ganharmos tempo no sentido de convencer o relator a retirar do relatório algumas questões fundamentais das quais falaremos a seguir”, afirmou.

Mesmo com a postura da oposição de trabalhar para atrasar os trabalhos, o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM) acredita que será possível, sim, concluir a votação ainda nesta semana. “Nós demos demonstração nesta comissão de que ela não para porque é quinta-feira ou porque é São João. O parlamento está trabalhando para o Brasil e não vai ser por uma quinta ou um São João que nós vamos deixar de votar uma matéria tão importante para os brasileiros”, disse.

Estados e municípios

O voto complementar lido pelo relator ontem trás algumas mudanças em relação ao parecer que já havia sido apresentado por ele, mas a falta de acordo com os governadores impediu a alteração mais esperada, que era a inclusão de estados e municípios na proposta. De qualquer forma, como explica Moreira, o texto ainda pode ser alterado no plenário da Câmara.

“Nós temos a convicção que estados e municípios, é da maior importância e podem ser introduzidos na reforma no plenário. Nós estamos criando todas as condições para que eles possam ser introduzidos na reforma no plenário”, explicou o parlamentar.

Redação com JP