04/06/2019

Vereador admite confisco salarial Vereador admite confisco salarial





O vereador Cláudio Duarte (PSL) de Belo Horizonte, suspeito de embolsar R$ 1 milhão com um suposto esquema de “rachadinha”, reconheceu ontem a existência da prática de confiscar salários de funcionários do gabinete, mas negou ter envolvimento com “qualquer tipo de recolhimento de dinheiro forçado”.

O parlamentar retornou à Câmara Municipal, após ficar dois meses afastado do cargo por decisão da Justiça. Duarte almoçou no restaurante da Casa enquanto a Comissão Processante instaurada para analisar o pedido de cassação dele por quebra de decoro parlamentar ouvia testemunhas de defesa do vereador — todos os cinco depoentes, funcionários do gabinete do parlamentar, negaram ter presenciado a prática da “rachadinha”. Após o almoço, Duarte ainda participou da primeira sessão plenária deste mês. 

Em sua defesa, o vereador do PSL acusou o ex-assessor, Marcelo Caciano, responsável por denunciar publicamente o esquema da “rachadinha”, de liderar o recolhimento de salários. “Só fiquei sabendo que estava existindo alguma prática nesse sentido quando descobri, em maio (de 2018) que o Sérgio (Nunes dos Reis, ex-assessor do gabinete) não estava ficando com o salário dele. Não era por meu pedido ou por pedido do chefe de gabinete. Certamente isso acontecia por causa do Marcelo (Caciano). Em nenhum momento chegou dinheiro em minhas mãos”, disse. Procurado, Caciano não retornou às ligações da equipe do jornal Hoje em Dia.

Redação com H