24/04/2019

Servidores das creches de Campina Grande podem decidir por greve nesta quarta-feira Servidores das creches de Campina Grande podem decidir por greve nesta quarta-feira





Os servidores das creches do município de Campina Grande decidem nesta quarta-feira, 24, durante assembleia extraordinária, na própria Secretaria de Educação, a partir das 8h30, se entram ou não em greve por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), será também um dia de paralisação de advertência.

A decisão foi tomada durante assembleia que aconteceu na manhã do último dia 12, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). Os efetivos seguem insatisfeitos com o desrespeito da gestão municipal, o que inclui as diversas irregularidades no pagamento, condições de trabalho precárias nas unidades, número excessivo de crianças por turma e transferências indevidas.

Sobre as condições absurdas nos locais de trabalho, o diretor de Comunicação do Sintab, Napoleão Maracajá, lembrou que sindicato elaborou um relatório detalhado, com base em visitas feitas pela diretoria nas unidades. Entre outros pontos, ele destacou que das 22 creches que foram visitadas, em apenas uma delas, a ducha para o banho estava funcionando normalmente e em outra, até funcionava, mas de forma precária.

“Em todas as outras, as crianças ou tomam banho frio, ou é preciso esquentar água para poder dar o banho. Só para citar um exemplo de como as crianças estão sendo tratadas no nosso município”, completou.

No que diz respeito às transferências de funcionários, o Sintab constatou que elas foram feitas sem respaldo legal. “A constatação que nós tivemos, através da explicação do próprio técnico do Siope, o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação, foi de que não procede a informação da Secretaria de Educação, sobre o motivo das transferências de professores, que inclusive, foram transferidos, sem encaminhamentos. Diante desta situação, nós vamos entrar com uma ação, para um mandado de segurança, e assim pedir que a Justiça determine o retorno dos professores para suas unidades de origem”, detalhou o diretor de Política e Formação Sindical, Franklyn Barbosa.

Já com relação aos problemas no pagamento dos efetivos, que incluem o não recebimento por parte de vários trabalhadores, dos incentivos referentes a terços de férias, quinquênio, jornada ampliada, entre outros, o presidente do Sintab, Giovanni Freire, reforçou que a culpa é da má gestão da Prefeitura de Campina Grande e não, simplesmente, de erros no sistema de gerenciamento da folha. “Há um estrangulamento enorme em Campina Grande na folha de pessoal e isto nunca foi nem nunca será responsabilidade dos efetivos. É culpa da má gestão, é culpa da absurda quantidade de gratificações que são recebidas de forma irregular, é culpa de uma Prefeitura que não organiza as contas do município”, analisou.

Redação com assessoria


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