27/03/2019

Paulo Guedes diz que fica se presidente apoiar coisas que podem resolver o Brasil Paulo Guedes diz que fica se presidente apoiar coisas que podem resolver o Brasil





Perguntado se ficaria no governo caso a reforma da Previdência não seja aprovada, o ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou que não tem apego ao cargo e que fica "se o presidente apoiar as coisas que podem resolver o Brasil".

O ministro afirmou, porém, que tampouco considera deixar o cargo na primeira derrota.

"Eu venho para ajudar. Se o presidente não quer, se o Congresso não quer... vocês acham que vou brigar para ficar aqui? Estou aqui para servi-los", disse Guedes. "Agora se ninguém quiser o serviço, vai ser um prazer ter tentado, não tenho apego ao cargo, como também não tenho inconsequência e a irresponsabilidade de sair na primeira derrota, desistir".

A pergunta foi feita pela senadora Eliziane Gama (PPS-MA) durante audiência de Guedes na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), do Senado).

Em seu discurso, ele defendeu a reforma da Previdência e voltou a defender a redistribuição dos recursos, hoje centralizados na União, com estados e municípios.

"A ideia é corrigir a hipetrofia do governo federal", afirmou o ministro.

Guedes tem vendido a senadores reformar o pacto federativo, prevendo a descentralização, desvinculação e densação dos orçamentos públicos. 

O ministro foi convidado a falar sobre a dívida da União com estados no FEX (Auxílio Financeiro de Fomento das Exportações) e na Lei Kandir (que compensa estados pela isenção de impostos a exportadores). 

A União reconhece uma dívida passada de R$ 39 bilhões com estados nessas duas contas, mas a previsão orçamentária de repasse é de R$ 1,2 bilhão, o que gera insatisfação principalmente de estados com forte atividade exportadora.

Guedes mencionou uma proposta, sem detalhá-la, que os estados teriam a garantia de receber um valor "bem maior do que isso", com a mudança na divisão dos recursos do petróleo.

Redação com Folhapress