22/03/2019

Juiz grampeou oito celulares de Temer na véspera da prisão Juiz grampeou oito celulares de Temer na véspera da prisão





Um dia antes da prisão do ex-presidente Michel Temer, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, autorizou que o emedebista tivesse oito linhas telefônicas grampeadas. A interceptação dos celulares do emedebista, segundo o magistrado, seria uma “forma de viabilizar a deflagração da fase ostensiva da operação”.

Também foram capturados o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia), o coronel reformado da Polícia Militar João Batista Lima Filho, a esposa de Lima, Maria Rita Fratezi, e os empresários Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei de Natale, Rodrigo Castro Alves Neves e Carlos Jorge Zimmermann.

Até as 18 horas, a Polícia Federal já havia prendido nove dos dez alvos da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato. Somente Carlos Alberto Montenegro Gallo ainda não havia sido capturado. Ele estava em negociação para apresentação.

O magistrado ordenou busca e apreensão nos endereços desses investigados, assim como da filha do ex-presidente, Maristela Temer, do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, de Ana Cristina da Silva Toniolo e de Nara de Deus Vieira. Também foram realizadas buscas nas empresas vinculadas aos investigados.

A ação que prendeu Temer e seus aliados é decorrente da Operação Radioatividade, que mirou um esquema de cartel, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e fraudes à licitação que atuou na construção da usina nuclear de Angra 3.

A nova investigação apura pagamentos ilícitos feitos por determinação do empreiteiro José Antunes Sobrinho, ligado à Engevix, para “o grupo criminoso liderado por Michel Temer, bem como de possíveis desvios de recursos da Eletronuclear para empresas indicadas pelo referido grupo”.

Redação com JP