07/03/2019

Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e operador do PSDB, é condenado a mais 145 anos de prisão Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e operador do PSDB, é condenado a mais 145 anos de prisão





A juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo, condenou o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza – conhecido como Paulo Preto a mais 145 anos e oito meses de prisão. Ela decidiu ontem sobre ação de desvios de R$ 7,7 milhões que deveriam ser aplicados na indenização de moradores impactados pelas obras do Rodoanel Sul e da ampliação da Avenida Jacu Pêssego, na capital paulista.

O ex-chefe do Assentamento da Dersa José Geraldo Casas Vilela também foi condenado a mesma pena de Paulo Vieira de Souza. A magistrada concedeu perdão judicial à ré Márcia Ferreira Gomes. Paulo Preto apontado pelos investigadores como operador do PSDB, foi acusado pela força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo pelos crimes de peculato (desvio de recursos públicos) e associação criminosa.

O ex-dirigente nega as irregularidades. Em interrogatório feito em outubro passado, ele se comparou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reclamou da imprensa, do período em que ficou preso em regime fechado, no qual se disse humilhado, e negou ameaças a testemunhas do processo. “Eu nunca ameacei ninguém na minha vida. Não sou nenhum santo, não, mas jamais cometi fraude, corrupção ou algum roubo”, disse na ocasião.

Esta é a segunda condenação de Paulo Preto em menos de 10 dias. Maria Isabel do Prado o condenou na quinta (28) a 27 anos de prisão pelos crimes de cartel e fraudes em licitações no Rodoanel e em obras da prefeitura de São Paulo. Na sexta (1) ele virou réu pela terceira vez. O juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Federal, aceitou denúncia da força-tarefa da Lava Jato contra o ex-diretor da Dersa por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Redação com JP