23/01/2019

Sérgio Machado cita reunião para acertar supostos R$ 40 mi ao MDB para apoiar Dilma Rousseff Sérgio Machado cita reunião para acertar supostos R$ 40 mi ao MDB para apoiar Dilma Rousseff





O ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado citou, em depoimento à Polícia Federal no Ceará, uma reunião entre senadores emedebistas na residência oficial do senador Renan Calheiros (MDB) com o suposto objetivo de discutir propina de R$ 40 milhões, que teria sigo paga pela JBS ao partido para apoiar a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff. Os valores teriam sido indicados à holding pelo PT. O emedebista é pré-candidato à presidência do Senado.

Ele falou à PF no dia 4 de dezembro, convocado a prestar esclarecimentos no âmbito de inquérito aberto com base na delação de executivos do Grupo J&F. Machado já havia prestado estas informações em delação premiada, firmada em 2017. De acordo com os delatores do grupo, o pagamento milionário tinha o objetivo de "manter a unidade do MDB, devido ao risco na época dos fatos de que integrantes do partido passassem a apoiar formalmente a campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República em 2014".

O esquema teria beneficiado os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Jader Barbalho (MDB-PA), Eunício Oliveira (MDB-CE), Renan Calheiros (MDB-AL), e Valdir Raupp (MDB-RO).

Machado narra que "várias foram as reuniões ocorridas em Brasília durante seguidas semanas; o que se falava nas reuniões era que sem o apoio de uma maioria do PMDB, o PT teria perdido apoio do partido, e a coligação da candidata Dilma não teria sido referendada".

Redação com Agências