10/01/2019

Suspeitos de terrorismo e ameaça a Bolsonaro são soltos Suspeitos de terrorismo e ameaça a Bolsonaro são soltos




Três suspeitos de participar da tentativa de ataque a uma igreja em Brazlândia, no Distrito Federal, foram soltos nesta quarta-feira, 9, por falta de provas após passar nove dias na cadeia. Eles também eram investigados por uma ameaça de atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), em um caso investigado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pela Polícia Federal desde dezembro.

O juiz Fellipe Figueiredo de Carvalho, da 7.ª Vara Criminal de Brasília, aceitou o pedido do Ministério Público para arquivar o processo. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, o arquivamento foi uma sugestão das próprias autoridades policiais, que continuam o trabalho de investigação em um inquérito separado.

A polícia havia detido dois homens e uma mulher na cidade de Alto Paraíso, em Goiás, no dia 1.º de janeiro por suspeitar que eles haviam colocado um artefato explosivo em frente à igreja na madrugada de 25 de dezembro. O esquadrão antibombas da Polícia Militar foi acionado, e ninguém ficou ferido.

A reportagem apurou que os suspeitos alegaram que o líquido seria “medicina fitoterápica”, e que o manual em questão não pertenceria a nenhum deles.

Na audiência, horas após a prisão, o juiz também levou a consideração uma informação da polícia de que as postagens, no mesmo site em que as ameaças a Bolsonaro foram publicadas, haviam cessado “subitamente”.

No entanto, o site Maldição Ancestral – onde também há ameaças à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e ao presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Sergio da Rocha – publicou novos textos nos dias 3 e 6 de janeiro, dias em que os suspeitos estavam presos. A primeira mensagem do ano, inclusive, diz que o grupo segue “livre e impune”.


Redação com AE