21/12/2018

Fogos de artifício. Confira as dicas para amenizar o medo do seu animal de estimação Fogos de artifício. Confira as dicas para amenizar o medo do seu animal de estimação




A passagem do ano é marcada por confraternizações com som alto e fogos de artifício. Para alguns, uma forma de celebrar o início de um novo período. Para muitos, um momento de preocupação com seus animais de estimação. A audição dos cães e gatos faz com que eles escutem quatro vezes mais que o homem. Esse fator, associado à não compreensão dos motivos dos fogos, gera medo nos animais e pode trazer consequências graves.

Estresse, traumas emocionais, quedas, fugas e, até mesmo, paradas cardiorrespiratórias são algumas consequências que podem afetar os pets durante a queima de fogos. “O tutor deve observar com antecedência a intensidade do medo do seu pet com sons altos e fogos de artifício e procurar auxílio profissional. O cuidado deve ser ainda maior com animais idosos ou cardiopatas”, aconselha o médico veterinário e responsável técnico do HiperZoo, Adolfo Yoshiaki Sasaki.

Um especialista em comportamento canino pode auxiliar os tutores com técnicas de dessensibilização. “O trabalho consiste em recriar os estímulos que deflagram o comportamento medroso, porém com baixa intensidade, evitando o aparecimento de estresse e medo. Gradativamente o estímulo é aumentado, buscando a não resposta do animal”, explica o comportamentalista canino do Meu Cão Companheiro, Rafael Wisneski. No entanto, essa técnica exige alguns meses de trabalho conjunto entre o profissional e o tutor.

Para o ajudar a amenizar o estresse e ansiedade dos animais no momento dos fogos, o veterinário sugere recursos como manter o animal em local onde se sinta em segurança, preferencialmente dentro de casa com janelas e portas fechadas. Também deve-se evitar deixar o animal acorrentado, já que ele pode se machucar ao tentar fugir ou se esconder com o barulho dos fogos. “O ambiente fechado ajuda a reduzir o ruído dos fogos e também protege contra eventuais tentativas de fuga. Além disso, nunca devemos esquecer de manter os animais com coleira, placa de identificação e microchip, para que sejam facilmente identificados caso consigam fugir”, alerta Sasaki. Música suave também ajuda a acalmar e disfarçar os ruídos, assim como a utilização de pequenas bolas de algodão nos ouvidos.

“O ideal é buscar orientação do médico veterinário, que conhece o perfil e saúde do animal, para indicar as melhores alternativas e doses adequadas. E não fazer uso de dicas e medicamentos sugeridos por conhecidos ou na internet sem antes consultar seu veterinário”, alerta Sasaki.

Redação com Bem Paraná