20/11/2018

Brasileiro ex-diretor da Nissan é preso no Japão acusado de reduzir rendimentos Brasileiro ex-diretor da Nissan é preso no Japão acusado de reduzir rendimentos




Carlos Ghosn, ex-CEO da montadora Nissan, foi preso no Japão nesta segunda-feira (19), de acordo com a imprensa local. O brasileiro também é ex-presidente da montadora e atual presidente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Ghosn é suspeito de cometer irregularidades na declaração de lucros. Nas declarações, ele afirmou ter recebido menos do que realmente ocorreu. O executivo reduziu os ganhos em 33%.

De acordo com a Promotoria de Justiça de Tóquio, a remuneração de Ghosn totalizou quase 1,1 bilhão de ienes, ou cerca de US$ 9,7 milhões de dólares, no ano fiscal de 2016. Porém, para o ano fiscal de 2017, o executivo relatou um total de 730 milhões de ienes – queda de 33%.

Diante das notícias de que o executivo estaria prestes a ser preso, a Nissan divulgou nota com esclarecimentos e afirmou que pretende retirar o brasileiro do cargo que ocupa como presidente do Conselho de Administração afirmando que ele declarou durante anos renda inferior ao valor real, segundo dados de resultados de investigação interna. “Numerosos outros atos de conduta errônea foram descobertos, como uso pessoal dos ativos da companhia. A Nissan está fornecendo informação aos promotores públicos do Japão e está cooperando com as investigações”, diz a nota da montadora japonesa.

Ghosn foi diretor da montadora em 1999, entre 2001 e 2017 foi presidente da Nissan e deixou o cargo para cuidar das parcerias com Renault e Mitsubishi. Apesar disso, continuou como presidente do Conselho na Nissan. Ghosn também é executivo-chefe da Renault na França.

Ele deve ter pensado que estava no Brasil.

Redação com JP