30/10/2018

Gleisi promete enfrentamento contra aprovação de reforma da Previdência este ano Gleisi promete enfrentamento contra aprovação de reforma da Previdência este ano




A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, disse nesta terça-feira, 30, em entrevista coletiva após reunião do Diretório Nacional da sigla, que o partido vai liderar o enfrentamento do movimento contra a aprovação da reforma da Previdência este ano.

Ontem, em entrevistas a emissoras de TV, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que poderia tentar aprovar “algo” da reforma da Previdência ainda em 2018. Assessores dele articulam uma aliança com o governo e apoiadores do presidente Michel Temer no Congresso.

“Nós vamos ser contra as articulação de Bolsonaro e Temer no processo de transição”, afirmou a senadora paranaense.

Para Gleisi, o partido tem grande responsabilidade “perante o Brasil e o povo brasileiro”.

Além da reforma da Previdência, o movimento liderado pelo PT também vai se colocar contra o projeto de cessão onerosa e da lei antiterrorismo. Sobre esta última, Gleisi considerou a ideia de Bolsonaro como uma “tragédia”. “Nós estamos vendo que vai ser a tônica do governo que vai se instalar em Brasília. Nós vamos nos colocar contra isso”, afirmou.

A presidente do PT afirmou ainda que a frente de resistência também vai atuar na defesa das liberdades individuais. “Nós vamos organizar uma rede democrática de proteção solidária. Vamos organizar todos os advogados do partido, todos os que estão juntos, os juízes pela democracia, para garantir esses diretos”, disse.

Líder da bancada do PT na Câmara, o deputado Paulo Pimenta afirmou que o grupo tem força parlamentar para barrar estes projetos. “Vamos derrubar”, afirmou, ao lado de Gleisi.

Processo eleitoral

Gleisi afirmou ainda que a eleição de Bolsonaro para a Presidência foi resultado de um processo “eivado de vícios e fraudes”. Ela pontuou, contudo, que uma eventual cassação da chapa do presidente eleito deve ser discutida pela Justiça com base nos processos que já estão no Tribunal Eleitoral.

“O resultado das urnas é fato, agora o processo que levou a esse resultado é um processo que está eivado de vícios e de fraudes”, disse Gleisi, citando desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o impedido da candidatura do petista ao Planalto.

A dirigente declarou ainda que a eleição de Bolsonaro consolida o “golpe” que começou com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.

Redação com Agência Estado