18/09/2018

Ciro Gomes ataca Mourão e Haddad em entrevista na Globo e nega fama de 'descontrolado' Ciro Gomes ataca Mourão e Haddad em entrevista na Globo e nega fama de 'descontrolado'




O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, negou que tenha temperamento difícil mas disse, no entanto, que não tem "sangue de barata". Em entrevista ao Jornal da Globo, exibida na madrugada de hoje, o pedetista também não poupou críticas ao concorrente Fernando Haddad (PT) e ao vice de Jair Bolsonaro (PSL), General Hamilton Mourão (PRTB), e fez acenos ao eleitorado de esquerda.

Questionado sobre o desentendimento que teve com um jornalista durante uma agenda pública em Boa Vista (RR), Ciro disse que a fama de "pavio curto" não condiz com a história política dele.

A discussão entre Ciro e o jornalista Luiz Petri ocorreu no sábado, 15. Questionado por Petri sobre suas críticas a brasileiros que entraram em confronto com venezuelanos que fugiram para o Brasil, o pedetista reagiu e xingou o repórter.

"Eu não tenho descontrole nenhum, mas não tenho sangue de barata. Mas eu fui avisado que o Romero Jucá pagou alguém para me questionar. O 'cabra' tentou colar um adesivo do (Jair) Bolsonaro em mim, depois veio com aquela pergunta e eu dei um empurrão nele. Agora, em legítima defesa, eu falo palavrões", afirmou o candidato.

Ciro relembrou ainda polêmicas da campanha de 2002, quando foi candidato à Presidência pela última vez e foi criticado por ter chamado o ouvinte de uma rádio de "burro".

"Me aponte um desatino na minha vida pública. Ninguém pode me chamar de ladrão, de incompetente, e daí ficam falando que eu sou descontrolado, ficam relembrando entrevista de 16 anos atrás", afirmou o pedetista. "Aí eu não posso dizer que tem burro no Brasil. Mas tem. Veja só este general (Hamilton) Mourão. Hoje ele falou que casa com mãe e avó é de desajustado. Ele é um jumento de carga. Eu disse isso já e repito."

Essa é a terceira vez que Ciro usa a expressão para classificar Mourão. A primeira foi durante evento com militares na quarta-feira, 12, e a segunda em sabatina no jornal O Globo, na quinta-feira, 13.

O pedetista defendeu mais uma vez que o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, se limite a não tratar do processo eleitoral. "Eu tive uma conversa com Villas Bôas no começo do processo eleitoral na casa dele, porque não achava adequado no quartel-general em Brasília. E avisei a ele sobre as intenções do Mourão", afirmou, acrescentando que respeita a pessoa de Villas Bôas.

Redação com Agência Estado