20/08/2018

Comícios estão cada vez mais raros entre os candidatos à Presidência Comícios estão cada vez mais raros entre os candidatos à Presidência




O período mais curto para divulgação de campanha e as estratégias das candidaturas em otimizar o tempo vão fazer os tradicionais comícios caírem ainda mais em desuso nestas eleições. Nos pleitos de 2014 e 2010, poucos presidenciáveis apostaram as fichas nos tradicionais atos públicos em que expõem, com direito a trio elétrico e carros de som, as ideias e programas de governo ao povo. Nas próximas semanas, com até 40 datas para fazer campanha, já descontando os dias de preparo para os debates, essa tônica se aprofundará.

Presidentes de partidos e interlocutores dos presidenciáveis avaliam que os prazos mais curtos mudaram a forma de fazer campanha. A regra é otimizar tempo com ações que possam atrair e convencer um grande número de eleitores. Mas os comícios não estão entre essas ações, reconhece o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Até 2002, ainda havia algum atrativo nos comícios. Até aquelas eleições, era permitido a exposição de shows culturais ao lado da divulgação das ideias pelo presidenciável, o que ajudava a atrair eleitores para prestigiar as apresentações. Desde 2006, no entanto, os espetáculos estão proibidos. Logo, é mais difícil atrair o eleitor indeciso.

Por essa razão, comícios acabam sendo avaliados por alguns como um desperdício de tempo.

Redação com CB