21/07/2018

Luiz Estevão teria dado apartamento a seu carcereiro na Papuda Luiz Estevão teria dado apartamento a seu carcereiro na Papuda




Ao mandar o ex-senador Luiz Estevão para regime de Segurança Máxima da Papuda, a juíza da Vara de Execuções Penais de Brasília relatou haver indícios de que ele teria corrompido seus carcereiros. Além dele, o ex-ministro Geddel Vieira Lima também foi transferido. A decisão foi tomada após denúncias de que os políticos mantinham regalias irregulares dentro de suas celas.

De acordo com a juíza, em dezembro de 2016 ela recebeu "denúncia anônima contendo graves afirmações no sentido de que Luiz Estevão teria corrompido alguns dos agentes lotados no CDP com intuito de receber privilégios durante o cumprimento de sua pena".

"Naquela época, havia indícios de que Luiz Estevão teria, inclusive, doado um imóvel para um dos agentes ali lotados em troca de recebimento de privilégios", afirma.

Há um inquérito aberto para investigar o caso.

Segundo a magistrada, no procedimento "foram colhidos subsídios mínimos aptos a gerar plausibilidade no conteúdo da delação anônima".

"Caracterizados os indícios necessários, encaminhei cópia do feito para o Ministério Público, para a Delegacia de Combate ao Crime Organizado, à época representada pela antiga DECO, e para a SESIPE, a fim de que cada autoridade adotasse as providências cabíveis no âmbito de suas respectivas atribuições", relata.

A ala para onde vão os dois políticos abriga presos que apresentam vulnerabilidade em relação aos demais e que não podem ter contato com os que não tenham o mesmo perfil que eles. O objetivo, de acordo com a juíza, é evitar que sejam alvos de crimes.

Redação com EM