29/05/2018

Moreira Franco 'desaparece' durante crise que envolve caminhoneiros e Petrobras Moreira Franco 'desaparece' durante crise que envolve caminhoneiros e Petrobras




Braço direito do presidente Michel Temer, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, desapareceu durante a crise que envolve a greve dos caminhoneiros e a Petrobras, empresa estatal vinculada ao seu ministério. Desde que teve início a paralisação do setor de transportes, Franco optou pelo silêncio, ficando a cargo dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, ou da Fazenda, Eduardo Guardia, falar publicamente sobre o assunto.

Ontem, na cerimônia em que transmitiu para Ronaldo Fonseca o cargo de ministro chefe da Secretaria-Geral, que ocupava antes de migrar para o Ministério d Minas e Energia, Moreira nem fez discurso. Após a brevíssima cerimônia, da qual participaram mais autoridades religiosas do que políticas, o ministro recusou-se a falar com os jornalistas.

Várias são as justificativas que assessores do Planalto e do Ministério apresentam para o sumiço do ministro. Uma delas é a de que a greve se dá no setor de transportes, com caminhoneiros na liderança, por isso, então, não caberia a ele falar sobre o assunto. Esquece-se o assessor que o principal item da pauta é a alta diária do preço do diesel, fruto da política praticada pela Petrobras. Outro diz que o ministro está focado no processo da privatização da Eletrobrás. Outro assessor afirma, ainda, que ele atua intensamente, mas nos bastidores, fazendo a articulação entre o movimento grevista e o governo.

Hoje, não haverá jeito: Moreira Franco terá que aparecer na comissão geral marcada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para prestar esclarecimentos sobre os aumentos sucessivos no preço dos combustíveis. Ele poderá não comparecer porque não foi convocado, e sim, convidado para falar. Mas se não for, já está aprovado o requerimento de convocação para depor na Comissão de Defesa do Consumidor da Casa.

Redação com JB Online