A prisão preventiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foi embasada em um relatório da Polícia Federal (PF) que descreveu as últimas horas do fugitivo em Santa Catariana, antes de deixar o País rumo ao Paraguai, onde foi preso nesta sexta-feira.

A PF relatou a Moraes que a tornozeleira eletrônica utilizada por Silvinei ficou sem sinal de GPS por volta das 3h da manhã da última quinta-feira, 25 e, por volta das 13h do mesmo dia, o dispositivo ficou sem sinal GRPS, o que indica que a poderia ter descarregado. Às 20h09 daquele dia, uma equipe da Polícia Penal de Santa Catarina foi até o endereço do ex-diretor e identificou que tanto o seu apartamento quanto a sua vaga na garagem estavam vazios.

Um equipe da PF repetiu o procedimento por volta das 23h e chegou aos mesmos resultados. Os agentes federais identificaram, ao acessar as câmeras do prédio, que Silvinei utilizou um carro alugado modelo Volkswagem Polo, na cor prata, em vez do carro cadastrado em seu nome, um Jeep Renegade Branco.

A PF identificou que Silvinei esteve no seu endereço residencial até as 19h22 da última quarta-feira, 24, véspera de Natal, quando não foi mais visto entrando ou saindo de carro. Conforme relatado pelos agentes federais, Silvieni deixou o local vestido com uma calça de moletom preta, camiseta cinza  e um boné de cor preta.

Após a averiguação no local, a PF identificou o rompimento do dispositivo de monitoramento de Silvinei e disparou alertas nas fronteiras. A corporação também acionou a adidância brasileira no Paraguai.

Silvinei utilizava um passaporte paraguaio original no momento em que foi detido, mas o documento não continha as suas informações pessoais. O ex-diretor da PRF foi abordado e preso ao tentar deixar o aeroporto. Ele foi encaminhado ao Ministério Público do país vizinho, que conduziu a sua extradição ao Brasil.

Silvinei foi detido quando tentava embarcar para El Salvador em um voo da Copa Airlines com escala no Panamá. Ele foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão por participação em tentativa de golpe de Estado. Ainda cabe recurso, por isso o ex-diretor aguardava em liberdade.

Já entregue pela Polícia do Paraguai às autoridades brasileiras, Silvinei Vasques passou a noite desta sexta-feira (26) em Foz do Iguaçu (PR) antes de ser transferido para Brasília.

No entanto, ainda não há confirmação da data em que irá ele será transferido, com um trâmite sendo feito para escolha. O trajeto será feito em um avião da Polícia Federal.

Redação com R-7 e CNN-Brasil  /  Imagens: Reprodução divulgação Polícia do Paraguai