27/11/2025
Moradores do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, protestaram contra a operação emergencial da Polícia Civil que deixou três mortos e uma criança de 10 anos baleada nesta quarta-feira (26). No fim da tarde, o grupo ocupou duas faixas da pista no sentido Barra, na altura da Vila do João, e foi acompanhado por policiais do o 22º BPM (Maré), Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) e Batalhão Especializado em Policiamento nas Vias Expressas (BPVE). Familiares de Bruno Paixão, um dos mortos, garantem que ele trabalhava como vendedor de queijos e doces e não tinha qualquer envolvimento com o crime organizado. Nas redes sociais, pessoas próximas a Bruno compartilharam imagens de uma kombi, que pertenceria a ele, com diversas marcas de tiro e sangue. No interior é possível ver uma carga de queijo. A família lamenta que, mesmo horas após a morte, não recebeu informações sobre onde está o corpo.
A Polícia Civil, no entanto, informou que todos os mortos na operação são suspeitos e não confirmou a informação de que Bruno esteja entre as vítimas. Por meio de nota, a corporação se limitou a comunicar que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o caso. "Os mortos estão sendo identificados e agentes realizam diligências para apurar todos os fatos", diz a nota. Em nota, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Aler) informou que está em contato com a família de Bruno Paixão e acompanha as buscas pelo corpo do rapaz. Além das mortes, um menino de 10 anos foi baleada na perna dentro da Escola Municipal Hélio Smidt. Ele foi encaminhado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, para receber atendimento. Os confrontos e tiroteios seguem nesta manhã. Redação com jornal o dia / Imagens: Reprodução redes sociais |






