21/11/2025

EX-MECÂNICO ENROLADO - Homem virou influencer e ganhou muito dinheiro com rifas ilegais EX-MECÂNICO ENROLADO - Homem virou influencer e ganhou muito dinheiro com rifas ilegais




Os cinco influencers alvos da segunda fase da Operação Laverna, deflagrada nesta sexta-feira (21), pela Polícia Civil do Piauí, foram identificados como Vitor Mídia , Sarah Brenna , Antônio Shaul , Lucimayre Brito e Luiz Carlos Morfim . Segundo a Polícia Civil, eles são apontados como envolvidos em crimes digitais ligados à promoção de plataformas de apostas ilegais (Jogo do Tigrinho) e rifas irregulares nas redes sociais na cidade de Parnaíba, Litoral do Piauí.

De acordo com a Polícia Civil, Sarah Brenna (61 mil seguindores), Luiz Carlos Morfim (24 mil seguidores) e Lucimayre Brito (7 mil seguidore, se apresentada como terapeuta de casais), utilizavam intensivamente suas redes sociais para divulgar plataformas de apostas virtuais conhecidas como “Jogo do Tigrinho” e similares. Os conteúdos publicados incluíam vídeos manipulados, exposição de supostos ganhos, sorteios, linguagem motivacional e links personalizados para atrair seguidores, induzindo ao erro e estimulando expectativas irreais de lucro.

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (21), o delegado Ayslan Magalhães afirmou que Vitor movimentou R$ 1,1 milhão no período da investigação. Na operação desta sexta, os policiais apreenderam dois carros de luxo na casa do influenciador e da mãe dele.

"Ele teve uma ascensão patrimonial muito rápida, trabalhava em uma oficina em 2022. Comprou uma casa de R$ 500 mil e abriu uma loja de venda de motos", disse o delegado.

Grupo movimentou mais de R$ 5 milhões

A análise financeira analisada pela Polícia Civil revelou movimentações incompatíveis com qualquer renda formal declarada. Em nome de Lucimayre Brito. foram identificados R$ 213.606,60, já Sarah Brenna. movimentou R$ 1.311.784,32, enquanto seu marido, Antônio Shaul, registrou R$ 1.664.582,01.

Júnior Mídia

As contas vinculadas a Luiz Morfim. apresentaram movimentação de R$ 637.783,14. No caso de Vitor Mídia, o montante atingiu R$ 1.173.117,64, composto majoritariamente por microcréditos entre R$ 0,02 e R$ 20,00, enviados por mais de 3 mil pessoas distintas, padrão típico de rifas clandestinas.

De acordo com o delegado Ayslan Magalhães, as informações financeiras, somadas à ausência de declaração de renda e ao uso de empresas associadas a pagamentos digitais ligados a jogos ilegais, reforçam indícios de ocultação patrimonial, dissimulação de recursos, evasão fiscal e vantagem econômica ilícita. As condutas investigadas podem configurar crimes como estelionato, indução do consumidor a erro por afirmação falsa ou enganosa, loteria não autorizada e lavagem de dinheiro.

Redação com g-1 e gp1  /  Imagens: Reprodução redes sociais