17/10/2025![]() Foi sepultado no Cemitério Colina da Paz, em Itapetininga (SP), o corpo de Maria Clara Aguirre Lisboa, de 5 anos, encontrada morta e enterrada no quintal da casa onde vivia com a mãe e o padrasto. O corpo da criança, localizado na terça-feira, estava em estado avançado de decomposição, o que impossibilitou a realização de velório. A mãe, Luiza Aguirre Barbosa da Silva, de 25 anos, e o padrasto, Rodrigo Ribeiro Machado, de 23, estão presos e confessaram o crime, segundo a Polícia Civil. O sepultamento foi acompanhado apenas por familiares do pai biológico da menina. O tio da vítima, Cláudio Júnior, afirmou que a família paterna havia tentado obter a guarda da criança, chegando a procurar o Conselho Tutelar e a Polícia Civil por conta de suspeitas de negligência. Em nota, o Conselho Tutelar informou que Maria Clara estava sob os cuidados da mãe e que a família era acompanhada por medidas protetivas, sem detalhar quais seriam. O órgão destacou ainda que não possui competência para retirar a guarda de uma criança, atribuição que cabe à Justiça. Segundo o comunicado, houve diversas tentativas de contato com a mãe — por telefone e em visitas aos endereços cadastrados —, todas sem sucesso. O Conselho também confirmou que o boletim de ocorrência foi registrado em 8 de outubro, mesmo dia em que recebeu uma denúncia sobre a possível morte da menina. Antes de ser preso, o padrasto teria enviado um áudio ao pai biológico de Maria Clara afirmando que a criança estava morta e que, com isso, “tinha acabado o vínculo” dele com a mãe da menina. Na mensagem, o suspeito pede ao pai que pare de “encher o saco” dele e de Luiza. As informações foram divulgadas pelo G1 De acordo com a avó paterna, Vanderleia Monteiro do Amaral, de 50 anos, o áudio foi enviado há cerca de duas semanas pelo telefone da mãe da vítima. No registro, obtido pelo g1, Rodrigo demonstra irritação e pede para que Luiza confirme a morte da criança. “Fale a verdade para o cara [pai da Maria Clara]”, diz ele. Em seguida, Luiza responde: “Tô falando para você já, pare. A menina morreu já.” Redação com jornal extra / Imagem: Reprodução redes sociais |