15/10/2025
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de R$ 390 milhões em bens, móveis, imóveis e valores do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). O sindicato e seus dirigentes foram alvo da mais recente fase da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF), que investiga descontos indevidos em aposentadorias e benefícios do INSS. A medida foi tomada após a PF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentarem ao Supremo indícios de “movimentações financeiras atípicas indicando pulverização, fracionamento e passagem de valores do Sindnapi para pessoas físicas e jurídicas ligadas à diretoria, em atos típicos de lavagem de dinheiro”. O valor do bloqueio corresponde ao total de descontos feitos pela entidade entre 2021 e janeiro de 2025. Na decisão, Mendonça escreveu que há “fundadas suspeitas de relevante participação dos representados nos ilícitos apurados”, e de atuação de um “grupo criminoso organizado para lesar aposentados e pensionistas mediante descontos indevidos e posterior lavagem dos vultosos recursos ilícitos obtidos”. Ministro André Mendonça, do STF O ministro também autorizou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do sindicato e de diversos dirigentes, abrangendo o período de 2020 até o presente. Em nota, o Sindnapi e seus advogados disseram que "não tiveram acesso ao inquérito policial, ao conteúdo das razões da representação policial ou dos fundamentos da decisão que autorizou a deflagração da medida cautelar, mas reitera seu absoluto repúdio e indignação com quaisquer alegações de que foram praticados delitos em sua administração ou que foram realizados descontos indevidos de seus associados". Na quinta-feira passada, a PF cumpriu 66 mandados de busca e apreensão no inquérito que investiga fraudes bilionárias no INSS, que desviaram cerca de 6,3 bilhões de reais das contas de mais de 5 milhões de aposentados e beneficiários da Previdência Social no país. Na sede do Sindnapi, os investigadores encontraram dinheiro vivo. Frei Chico, irmão de Lula, é vice-presidente da entidade. Com outros alvos, os investigadores apreenderam mais dinheiro vivo, além de carros de luxo e artigos valiosos. Redação com CNN-Brasil e sistema globo / Imagens: Reprodução |






