O carro do vereador de João Pessoa, Guguinha Moov Jampa (PSD), foi alvejado a tiros na noite deste domingo (17) na capital paraibana. Apesar da gravidade do atentado, o parlamentar saiu ileso.

Após o episódio, Guguinha foi conduzido à Central de Polícia, onde prestou depoimento sobre o ocorrido. A Polícia Civil já abriu investigação para identificar os autores do crime.

O caso ganha destaque porque o vereador é autor da proposta da CPI dos Combustíveis na Câmara Municipal, comissão que apura possíveis irregularidades na formação dos preços praticados nos postos de João Pessoa e que ganhou ampla repercussão nos últimos meses.

Embora a polícia ainda não tenha divulgado qual linha de investigação será seguida, a ousadia da ação criminosa chama a atenção das autoridades e da população da cidade.

A perícia foi acionada e constatou que o automóvel do vereador ficou totalmente crivado de projéteis, evidenciando a gravidade da ação criminosa.

A Polícia Civil ainda não deu declarações sobre a linha de investigação, mas a ligação do atentado à atuação da vítima como vereador não está descartada. Há alguns dias Guguinha vem denunciando um aumento de R$ 0,40 no litro da gasolina na capital paraibana.

Após as denúncias, o Procon autuou e multou mais de 60 postos de combustíveis em João Pessoa. 

Carro do vereador ficou todo furado pelos tiros 

Segundo o parlamentar, ele seguia em direção ao condomínio Greenville quando foi surpreendido pelos disparos. “Só escutei o primeiro tiro, me abaixei no volante, depois vieram outros. Acelerei, passei por cima da moto e segui em frente”, contou.

Durante a fuga, ele tentou ligar para o 190, mas o sinal estava fora de área. “Consegui falar com dois vereadores e fui para a Central. Cheguei muito nervoso, minha perna tremia. Um policial me ajudou a sair do carro”, relatou.

Guguinha disse não ter visto quem estava na moto, apenas notou o veículo ao lado do seu. “Foi tudo muito rápido. Não sei se era assalto ou tentativa de tirar minha vida. Nunca fiz mal a ninguém”, afirmou.

Questionado sobre possível motivação política, o vereador foi cauteloso: “Não sei se tem a ver com minha atuação. Pode ter sido coincidência, ou não”.

Ele confirmou que solicitou segurança e que o governador prometeu uma equipe especial para investigar o caso. “Foi Deus que salvou minha vida. Só tenho a agradecer por estar aqui”, finalizou.

Redação com fonte-83 e daparaiba / Imagens: Reprodução