17/04/2025

NASCEU HOMEM, ¨É MACHO¨- Embaixada dos EUA diz que só reconhece ¨dois sexos imutáveis¨ ao responder sobre visto de Erika Hilton NASCEU HOMEM, ¨É MACHO¨- Embaixada dos EUA diz que só reconhece ¨dois sexos imutáveis¨ ao responder sobre visto de Erika Hilton





A Embaixada dos Estados Unidos afirmou nesta quarta (16) que o país só reconhece “dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”.

O órgão respondeu a um questionamento feito pela coluna sobre o fato de ter concedido visto para a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que é trans, identificando-a com o gênero masculino.

Os documentos apresentados pela parlamentar ao fazer a solicitação a definem como do gênero feminino. Um visto anterior emitido pela mesma embaixada também a identificava dessa forma.

Na nota, a assessoria da representação diplomática faz referência à norma 14168, baixada no governo de Donald Trump, que reconhece apenas os gêneros feminino e masculino. O texto estabelece que formulários governamentais que solicitam informações sobre sexo devem oferecer somente as duas opções.

“Os registros de visto são confidenciais conforme a lei americana e, por política, não comentamos casos individuais. Ressaltamos também que, de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”, diz a embaixada.

A parlamentar afirma que em nenhum momento preencheu qualquer formulário dando margem para a mudança.

Sendo assim, Erika cancelou uma viagem que faria aos EUA neste mês e diz que acionará o presidente norte-americano, Donald Trump, na Organização das Nações Unidas (ONU) por considerar o caso transfobia e um desrespeito a seus registros civis brasileiros.

Desde que soube dessa iniciativa da deputada, o presidente Donald Trump está sem dormir.

OUTRO CASO


A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) revelou, também nesta quarta-feira (16), que o visto dela nos Estados Unidos veio como marcação de gênero no masculino. 

Em publicação no X (antigo Twitter), Salabert conta que foi renovar o visto para ministrar um curso nos EUA quando foi informada que o visto viria no masculino. 

A decisão contraria os documentos oficiais da deputada no Brasil, onde tem a identidade de gênero legalmente reconhecida. “Essa situação é mais do que transfobia: é um desrespeito à soberania do Brasil e aos direitos humanos mais básicos”, declarou. “É uma afronta a todos os brasileiros e brasileiras que acreditam na dignidade, no reconhecimento e no direito de existir plenamente”.

Redação com AF e CB  /  Imagens: Reprodução Agência Câmara