10/04/2025![]() Deputados do PSOL e de partidos aliados declaram abertamente que Arthur Lira (PP-AL) interferiu pela cassação do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ) — como decidiu o Conselho de Ética da Câmara nesta quarta-feira (9) à noite. Eles apontam articulações de Lira nos bastidores e criticam a conivência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que até cancelou a reunião do colégio de líderes desta quinta-feira (10). Depois da votação do relatório pela cassação de Glauber no Conselho de Ética, o deputado disse que fará uma greve de fome e permanecerá nas instalações da Câmara até que o processo seja concluído. Ele ainda pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e o processo obrigatoriamente passa pelo plenário, onde são necessários os votos de pelo menos 257 deputados para cassar um mandato. O relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), apresentou no início deste mês um parecer favorável à cassação do mandato de Glauber. A posição do relator gerou estranhamento na bancada do PSOL. Interlocutores haviam dito a membros do partido que Magalhães sugeriria uma punição mais branda a Glauber Braga — prevendo uma suspensão por três meses. É dito nos bastidores que o relator optou por mudar a punição e sugerir a cassação pouco antes da data marcada para apresentação do parecer — por cobrança de Arthur Lira. "Motta tomou para si a vingança de Lira contra Glauber", avalia líder do PSOL Os deputados aliados de Glauber Braga criticaram diretamente o presidente Hugo Motta e apontaram que ele agiu com conivência com Arthur Lira. O PSOL contava com o início da ordem do dia no plenário da Câmara, que costuma acontecer às 16h às terças e quartas-feiras, para encerrar a sessão no Conselho de Ética e adiar a votação do parecer do relator pela cassação de Glauber. Mas, eles não contavam com um fato típico: Motta só permitiu o início da ordem do dia às 19h. Redação com o tempo / Imagem: Reprodução Agência Câmara |