25/12/2017

Turquia demite quase 3.000 funcionários acusados de golpismo e fecha instituições Turquia demite quase 3.000 funcionários acusados de golpismo e fecha instituições




Decretos do governo turco ordenaram neste domingo (24) a destituição de 2.766 empregados públicos.  Os decretos, divulgados no Boletim Oficial do Estado, enumeram 637 militares, entre eles 327 das Forças Aéreas, 155 do Exército e outros 155 da Marinha, além de 360 da Gendarmaria, corpo policial militarizado que integra as Forças Armadas do país.

Outras instituições afetadas são o Ministério de Educação, do qual foram expulsos 392 professores; a Direção de Assuntos Religiosos, com 341 funcionários destituídos; e o Ministério de Justiça, com 245. Além disso, o decreto retira do cargo 105 empregados de várias universidades, entre eles catedráticos e professores. Também se ordena o fechamento de 17 instituições, sobretudo associações estudantis ou educacionais, bem como de dois jornais locais e um centro de saúde cardíaca.

Essas medidas, publicadas hoje no Boletim Oficial (o Diário Oficial turco), foram editadas com o amparo do Estado de Emergência estabelecido no país após a tentativa frustrada de golpe em julho do ano passado e que permite ao Executivo governar por decretos que só serão debatidos no Parlamento 30 dias após a aprovação. Não há possibilidade de recorrer à Justiça.

Em todos os casos, o governo argumentou que as destituições foram motivadas por "ser membro de uma organização terrorista ou de uma estrutura, organismo ou grupo que mantém atividades contrárias à segurança do Estado, ou por manter vínculos ou laços com ela". Os destituídos não podem voltar a trabalhar em nenhum cargo público ou em empresas de segurança privada, com licenças de armas ou de piloto anuladas, além de terem o passaporte cancelado, de acordo com o decreto.

Redação com Agência EFE