10/05/2024

CASO MARIELLE FRANCO - Pista mais valiosa contra Brazão foi encontrada no celular CASO MARIELLE FRANCO - Pista mais valiosa contra Brazão foi encontrada no celular




Um print encontrado no celular de Domingos Brazão apreendido na operação que prendeu o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, seu irmão, Chiquinho Brazão, e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, em março passado, é tido pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como a principal evidência de que a motivação dos mandantes do assassinato de Marielle Franco tinha a ver com grilagem de terras.

Além da imagem capturada na tela do celular do conselheiro do TCE, um conjunto de escrituras levaram a PF a formar convicção de que os irmãos Brazão tinham especial interesse em uma área que seria supervalorizada com a lei que eles fizeram passar na Câmara de Vereadores, e contra a qual a vereadora do PSOL trabalhou antes de ser executada.

A imagem mostra Domingos fotografando uma escritura de imóvel em nome da administradora de imóveis Superplan, em que ele é sócio da mulher, Alice Kroff.

A Superplan é dona, entre outros imóveis, de dois terrenos com mais de 20 mil metros quadrados na Zona Oeste do Rio que seriam supervalorizados com a aprovação da lei que flexibilizava regramentos ambientais e urbanísticos e, na prática, facilitou a regularização de construções ilegais e até mesmo áreas griladas sem edificações.

Embora a PF já soubesse que Brazão era sócio da Superplan, a foto e os documentos fizeram com que os investigadores concluíssem que a empresa era a âncora do império imobiliário dos irmãos na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A escritura de um dos terrenos, inclusive, foi registrada em 14 de maio de 2018 – quase seis meses depois da aprovação da lei na Câmara, e dois meses depois da morte de Marielle. Os documentos têm indícios de que os terrenos foram grilados.

Redação com jornal O Globo / Imagem: Reprodução Tv