25/04/2024

RAPAZINHO EDUCADO - Gabigol xingou fiscais no antidoping e perguntou se queriam ver o seu p... RAPAZINHO EDUCADO - Gabigol xingou fiscais no antidoping e perguntou se queriam ver o seu p...





O placar da condenação do jogador Gabigol, do Flamengo, por tentativa de fraude no exame antidoping - 5 votos a 4 - mostra divergências entre os auditores do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD). Mas em ao menos um ponto eles convergem: na validação das queixas dos fiscais sobre o comportamento do jogador, visto como "grosseiro" e "rude". Essas e outras atitudes durante o processo de coleta da urina pesam contra o atacante.

A imprensa teve acesso ao acórdão — a decisão em colegiado do tribunal — do julgamento que aconteceu no em 25 de março. A decisão da maioria se baseou no que o presidente do TJD-AD João Antonio de Albuquerque e Souza classificou como "somatório de quatro condutas de desconformidade" e que "não deixa dúvidas sobre uma intenção de impedir a coleta da urina e de afetar ou impossibilitar a análise da amostra".

O relatório dos coletores aponta para "lapsos relevantes" na "escolta do atleta", em que, segundo os oficiais, houve momentos em que o jogador não teve acompanhamento dentro das atividades do dia, o que seria necessário para evitar fraudar às regras antidopagem. Em seguida, Alexandre Ferreira também alertou para cinco pontos, que foram:

-a ausência de comparecimento para a coleta antes do início do treino;

-o descaso do atleta ao ir almoçar após o seu treino;

-o embarreiramento da escolta em vários episódios até a coleta;

-a não permissão para que o DCO observasse completamente a coleta da urina e

-a desobediência das ordens do oficial de controle, pelo fato de deixar o coletor de urina aberto, destampado e em qualquer lugar, ratificam que o atleta agiu de maneira sponte propria, ou seja, intencionalmente.

Outros pontos levantados por ele foram:

-que o atleta denunciado não se apresentou e ignorou os oficiais de controle de dopagem antes do início do treinamento;

-que, após o treino, ele foi almoçar e demorou para se apresentar à equipe de controle de dopagem, tendo evitado a presença dos oficiais em vários momentos, o que teria impossibilitado a devida e completa escolta;

-que o atleta teria dificultado a coleta da urina ao ficar de costas para o oficial de controle de dopagem e não permitir plena visualização durante o procedimento;

-que, após o atleta ter coletado a urina, ele teria descumprido com as orientações dos oficiais de controle de dopagem ao deixar o vaso coletor aberto e destampado e ter retornado ao banheiro para terminar de urinar.

A defesa de Gabigol entrou na Côrte Arbitral do Esporte (CAS) no início de abril com pedido de efeito suspensivo. Não há data marcada para o tribunal da Suíça julgar o pedido e as partes serão notificadas do resultado de forma oficial pela secretaria do tribunal.

O jogador foi suspenso por dois anos por fraude do exame antidoping.

Redação com jornal Extra / Imagem: Reprodução Tv