29/03/2024

MUDANÇA NO FORO PRIVILEGIADO - Gilmar Mendes vota para que benefício seja mantido mesmo após o fim do mandato MUDANÇA NO FORO PRIVILEGIADO - Gilmar Mendes vota para que benefício seja mantido mesmo após o fim do mandato




O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ,Gilmar Mendes, votou nesta sexta-feira para ampliar o alcance do foro privilegiado de autoridades na Côrte. Mendes votou para que a prerrogativa de função seja mantida mesmo após o fim do mandato de políticos, em casos de renúncia, não reeleição, cassação, entre outros motivos.

Em seu voto, o ministro — que é relator do caso — também defendeu que, ao fim do mandato, os investigados com foro devem perder a prerrogativa de função, caso os crimes tenham sido praticados antes de assumir o cargo ou não possuam relação com o exercício da função.

O caso analisado pelo plenário virtual é um habeas corpus movido pela defesa do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), réu em uma ação penal na Justiça Federal do Distrito Federal por supostamente, enquanto foi deputado federal, ter ordenado que servidores de seu gabinete devolvessem 5% de seus salários para o PSC, então seu partido. Ele é réu pelo crime de concussão, mas a defesa argumenta que o caso deve ficar no STF porque desde 2.007 ele exerce cargos com foro privilegiado, antes de ser senador. O parlamentar nega os crimes.

Quando restringiu o foro privilegiado, em 2.018, o Supremo decidiu que deveriam tramitar no tribunal somente casos de deputados e senadores que tivessem cometido crimes durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo. Antes, qualquer inquérito ou ação penal contra parlamentares, mesmo anteriores ao mandato, eram transferidas para a Côrte.

Redação com jornal O Globo / Imagem: Reprodução revista Piauí