26/03/2024

BOLSONARO TEM PRAZO PARA SE EXPLICAR - Ministro Alexandre de Moraes dá 48 horas para ex-presidente dizer porque foi à Embaixada da Hungria BOLSONARO TEM PRAZO PARA SE EXPLICAR - Ministro Alexandre de Moraes dá 48 horas para ex-presidente dizer porque foi à Embaixada da Hungria




O ex-presidente Jair Bolsonaro permaneceu dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano, após ter tido seu passaporte apreendido pela Polícia Federal. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (25) pelo jornal The New York Times. 

O jornal norte-americano sugere que Bolsonaro, alvo de investigações criminais, tentou fugir da justiça já que o ex-presidente não pode ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolheu, porque está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.

“A estada na embaixada sugere que o ex-presidente tentava alavancar a sua amizade com um colega líder de extrema direita, o primeiro-ministro Viktor Orban, da Hungria, em uma tentativa de escapar ao sistema de justiça brasileiro enquanto enfrenta investigações criminais no seu país”, diz o jornal.

Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira, 25, que frequenta embaixadas de outros países no Brasil para conversar com os embaixadores e que ainda mantém contato com chefes de Estado para repassar a situação política no país.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48h para o ex-presidente Jair Bolsonaro explicar por que passou duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília.

Moraes é relator do inquérito que investiga Bolsonaro, políticos e militares por tentativa de golpe de Estado. No âmbito desse inquérito, no dia 8 de fevereiro, o ministro determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente, para que Bolsonaro não deixasse o país.

O governo brasileiro avalia que o embaixador húngaro agiu com o aval de Budapeste, uma vez que o premiê da Hungria, Victor Orban, trata Bolsonaro como aliado. “Ninguém faz isso à revelia do governo central”, disse um diplomata graduado.

Miklós Halmai foi convocado pelo Itamaraty a dar explicações sobre o episódio. Ele esteve reunido por cerca de 20 minutos, no final da tarde desta segunda-feira (25), com a embaixadora Maria Luisa Escorel, secretária de Europa e América do Norte da pasta. Escorel já foi representante do Brasil em Budapeste.

Já há quem defenda a prisão preventiva do ex-presidente brasileiro.

Redação com Agência Brasil,g-1 e outras agências