07/06/2023

CONDIÇÕES DEGRADANTES - Desembargador é acusado de manter mulher em ¨trabalho forçado¨ CONDIÇÕES DEGRADANTES - Desembargador é acusado de manter mulher em ¨trabalho forçado¨




O Ministério Público Federal (MPF) informou que a ação na casa do desembargador Jorge Luiz Borba, nesta terça-feira (6), foi motivada por uma investigação que apura "indícios da prática criminosa" após relatos de "trabalho forçado, jornadas exaustivas e condições degradantes".

O desembargador disse em nota que "aquilo que se cogita, infundadamente, como sendo 'suspeita de trabalho análogo à escravidão', na verdade, expressa um ato de amor. Haja vista que a pessoa, tida como vítima, foi na verdade acolhida pela minha família"

Em nota enviada, o órgão disse que a medida teve como objetivo apurar denúncias de que Borba, nomeado para o cargo em 2.008 e a esposa, mantêm a trabalhadora em condição análoga à escravidão.

"A trabalhadora seria vítima de maus tratos em decorrência das condições materiais em que vive e em virtude da negativa dos investigados em prestar-lhe assistência à saúde", informou o MPF. Conforme o órgão, a trabalhadora tem deficiência auditiva, nunca teve instrução formal e não possui o convívio social resguardado.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) foi procurado pelo portal g1 e até a publicação desta matéria não havia se pronunciado.

A mulher que teria sido mantida em condição análoga à escravidão pelo desembargador Jorge Luiz Borba e a esposa dele, teve que usar o auxílio de uma intérprete de libras para prestar depoimento ao Ministério Público do Trabalho na tarde desta terça-feira (6). O g1 Santa Catarina apurou que a mulher, que é surda, usa uma espécie de "linguagem própria" e tem dificuldade de se comunicar mesmo em libras.

Redação com g-1 / Imagem: Reprodução YouTube