O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) normalizou nesta quinta-feira (25), em evento na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, as recentes mudanças feitas por uma comissão mista do Congresso na Medida Provisória que reestruturou os ministérios, tirando poder do Ministério do Meio Ambiente.

Lula disse que se espantou ao voltar da viagem ao Japão, onde participou da reunião do G7, e ler no noticiário que seu governo havia sofrido derrotas no Congresso. “A impressão que eu tive é que o mundo tinha acabado. Lula é derrotado, acaba o ministério disso, acaba o ministério daquilo. E eu fui ler e o que estava acontecendo era a coisa mais normal”, disse o presidente.

“Até então, a gente estava mandando a visão de governo que nós queríamos. A comissão no Congresso Nacional resolveu mexer, coisa que é quase que impossível de mexer na estrutura de governo, que é o governo que faz. E agora começou o jogo, nós vamos jogar, vamos conversar com o Congresso e vamos fazer a governança daquilo que a gente precisa fazer”, completou Lula.

Lula participou do evento do Dia da Indústria na Fiesp e discursou para uma plateia de empresários do setor após as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do presidente da Fiesp, Josué Gomes.

Lula minimizou a crise criada pelas mudanças feitas na MP, que desidrataram o ministério comandado por Marina Silva e deram mais poder o Centrão.

“O que a gente não pode é se assustar com a política. Eu vou repetir: toda vez que a sociedade se assusta com a política e ela começa a culpar a classe política, o resultado é infinitamente pior. Nós já tivemos lições e é importante a gente lembrar, por pior que seja a política, é nela e com ela que tem as soluções dos bons e dos grandes e pequenos problemas desse país”, disse Lula.

Redação com Metrópoles / Imagem: Reprodução youtube FIESP