21/05/2023

SEGURANÇA PRESIDENCIAL - Lula deve ouvir Janja, Múcio, diretor da PF e presidente do STM SEGURANÇA PRESIDENCIAL - Lula deve ouvir Janja, Múcio, diretor da PF e presidente do STM





O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) têm buscado apoiadores de peso para convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a definir qual das duas corporações ficará responsável pela segurança presidencial a partir de junho.

O ministro do GSI, general Marco Antonio Amaro, esteve recentemente reunido com o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), brigadeiro Francisco Joseli Parente Camelo, um dos defensores de que a segurança imediata de Lula retorne para os militares.

Joseli foi comandante dos aviões presidenciais nos governos Lula e Dilma Rousseff, esteve na estrutura do GSI até 2015, como Secretário de Coordenação e Assessoramento Militar.

Com bom trânsito nas três Forças, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também está no grupo de pessoas com contato com o presidente que defendem o GSI no formato antigo. Ou seja, na segurança da área mais próxima de Lula.

No atual modelo, o gabinete cuida da segurança das dependências e região onde o presidente esteja, mas não exatamente ao lado dele.

A proposta do GSI é que a Secretaria Extraordinária de Proteção Imediata da Presidência, comandada atualmente pelo delegado federal Alexsander Oliveira, tenha a estrutura absorvida pelo gabinete militar depois de 30 de junho, quando o decreto de criação da secretaria chega ao fim.

Do outro lado, Oliveira e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, estão neste momento com Lula no Japão. Auxiliares da secretaria afirmam que a intenção é falar do assunto durante a viagem com o presidente.

Como parte dos argumentos, está o trabalho que vem sendo feito na segurança da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, por policiais federais mulheres. Algumas delas acompanham Janja desde o período da campanha e há relacionamento de confiança.

A PF tem informações sobre o desempenho da segurança de Lula, Janja, do vice-presidente Geraldo Alckmin e da esposa Lu Alckmin, nestes meses de início de governo. Há também um comparativo com outras democracias, em que civis estão no comando da atividade.

Na última sexta-feira, houve a formação de uma nova turma de proteção do presidente, vice e familiares, sob a coordenação da PF. Até semana que vem, serão 500 pessoas, entre civis e militares, treinadas pela secretaria, e não pelo GSI, para cuidar da segurança imediata.

Agindo para continuar no governo, a secretaria também irá inaugurar, até o fim do mês, um escritório com equipe em São Paulo.

Redação com CNN-Brasil / Imagem: Reprodução divulgação PR