15/05/2023

MUTRETA NOS JOGOS - Escândalo em partidas de futebol no Brasil não é novidade MUTRETA NOS JOGOS - Escândalo em partidas de futebol no Brasil não é novidade




Em 1.982 a revista Placar descobriu e apurou a chamada "Máfia da loteria". A cidade de Campina Grande aparecia na matéria com empresário e jogadores envolvidos.

Os amantes do futebol se chocaram e continuam a se chocar com as notícias a respeito do mais novo escândalo de manipulação de resutados no futebol brasileiro: a Máfia das apostas. No entanto, o envolvimento de atletas das Séries A e B do Brasileirão em um esquema de apostas irregulares, trazido à tona pela Operação Penalidade Máxima II, não é uma novidade no país. 

O primeiro grande esquema de manipulação de resultados foi descoberto em outubro de 1982, pela revista "Placar". Naquela época, o escândalo envolvia desde jogadores, a árbitros, dirigentes, empresários, ex-atletas e, claro, apostadores. 

Ao todo, 125 pessoas foram apontadas como envolvidas na armação de 13 jogos na Loteria Esportiva, criada pela Caixa Econômica Federal. A manipulação se dava por meio da escolha dos jogos que entravam na Loteria Esportiva. A fabricação de resultados acontecia, especialmente, com as famosa "zebras". Apenas 20 pessoas foram indiciadas, mas ninguém foi preso. 

O caso foi amplamente coberto pela imprensa esportiva na época, e envolvia nomes importantes do futebol brasileiro, como Amarildo e Marco Antônio, campeões da Copa do Mundo com a seleção brasileira nos Mundiais de 1.962, no Chile, e 1.970, no México.


Máfia do apito

Em setembro de 2.005, a revista "Veja" revelou o segundo caso de grande repercussão envolvendo apostas esportivas: a Máfia do apito, que recebeu esse nome justamente porque envolvia, especialmente, o aliciamento de árbitros de futebol. Edilson Pereira de Carvalho era o principal ator do esquema. 

Ao todo, 11 partidas do Campeonato Brasileiro de 2.005 foram anulados e posteriormente remarcados pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça) por conta das manipulações de resultados, que visavam o benefício financeiro dos envolvidos no esquema. 

De forma indireta, a decisão beneficiou o Corinthians, que foi campeão brasileiro naquele ano. O Timão, que havia perdido para Santos e São Paulo, pôde jogar os clássicos novamente e conquistou quatro pontos. A diferença de pontuação foi essencial para que o time do Parque São Jorge batesse o Internacional na disputa e levantasse a taça. 

Apesar da grande repercussão, novamente ninguém foi condenado. Ainda assim, os árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon foram banidos de todas as atividades do futebol. 

Redação com R-7 / Imagens: Reprodução fragmentos Placar redes sociais