23/11/2022

Após jantar com advogado de Lula, ministro Barroso tem impeachment pedido por senadores Após jantar com advogado de Lula, ministro Barroso tem impeachment pedido por senadores





Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Lasier Martins (Podemos-RS) e Plínio Valério (PSDB-AM) apresentaram nesta quarta-feira, 23, um pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Em coletiva de imprensa no Senado Federal, Girão afirmou que o pedido é “robusto e embasado”, pautado sobretudo em três pontos centrais: suposta interferência do ministro na tramitação da PEC do voto impresso, alegando que parlamentares foram substituídos para votação da matéria após reunião de Barroso com lideranças; o fato do ministro não ter se declarado suspeito para se manifestar sobre a legalização do aborto e das drogas no Brasil, uma vez que, segundo Eduardo Girão, ele faria palestras sobre o tema; e o encontro de Luís Roberto com o advogado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Na visão dos parlamentares, uma vez que o ministro votou pela anulação dos processos envolvendo o petista – e que permitiram a candidatura dele nas eleições – “não é de bom tom” o encontro, o que também sustenta o pedido de afastamento, também citando “infrações graves à lei orgânica da magistratura” e desrespeito à Constituição Brasileira.

O senador Luis Carlos Heinze também mencionou falas de Luís Roberto em ofensa às Forças Armadas e disse esperar que o pedido, assim como outros já apresentados, sejam levados adiante. 


Apesar da defesa do processo de impeachment, os parlamentares admitiram que, considerando o histórico da Casa, estão pouco confiantes do pedido avançar. “Vocês acreditam que tenham andamento? Pelo retrospecto não há esperança, mas não é por isso que vamos deixar de cumprir a missão. 

Vamos continuar batendo enquanto for possível, enquanto tivermos vozes. Há tentativas de calarem a nossa voz”, disse Lasier Martins. Além dos cinco senadores presentes na coletiva, o senador Carlos Viana (PL-MG) também assinou o documento. Não há previsão para análise do pedido no Senado.

Redação com Rádio Jovem Pan / Imagens: Reprodução