09/08/2022

Supremo adia julgamento de ações penais contra políticos, abrindo brecha para campanhas Supremo adia julgamento de ações penais contra políticos, abrindo brecha para campanhas





Enquanto discute a aplicação de mudanças na Lei de Improbidade Administrativa que pode, no fim das contas, livrar uma série de políticos e agentes público-alvo de ações na Justiça, o Supremo Tribunal Federal (STF) adiou, nos últimos meses, o julgamento de ações penais contra alguns políticos.

Na prática, com esses adiamentos, o Supremo abriu uma brecha para que esses políticos mantenham suas campanhas a cargos nas eleições deste ano.

Os deputados federais Silas Câmara (Republicanos-AM) e Paulinho da Força (Solidariedade-SP), o senador Fernando Collor (PTB-AL) e o ex-deputado André Moura (União Brasil-SE) estão nessa lista.


O ex-presidente da República e atual senador, Fernando Collor (PTB-AL), é réu no âmbito da Lava Jato. Collor é acusado de receber mais de 30 milhões de reais em propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis.

O julgamento estava previsto para novembro de 2.021. O relator do caso, ministro Edson Fachin, chegou a pedir ao presidente do STF, ministro Luiz Fux, que o caso fosse incluído na pauta com urgência, já que corria risco de prescrever.

Collor tem 72 anos e os crimes dos quais é acusado teriam sido cometidos de 2.010 a 2.014. O senador é candidato à reeleição em Alagoas.

Redação com CNN-Brasil / Imagens: Divulgação STF e Agência Brasil