16/01/2022

Campina Grande deu início à vacinação de crianças na Paraíba neste sábado Campina Grande deu início à vacinação de crianças na Paraíba neste sábado





A vacinação das crianças é facultativa e a decisão cabe aos pais e/ou responsáveis


O Município de Campina Grande deu início à vacinação de crianças de 5 a 11 anos neste sábado, 15. A cidade foi a primeira da Paraíba a vacinar crianças. A campanha de imunização organizada pela Prefeitura de Campina Grande começou pelos meninos e meninas com deficiência permanente e com autismo. 

Neste sábado, foram aplicadas pelas equipes da Secretaria de Saúde de Campina Grande 130 doses no Centro Especializado em Reabilitação (CER) e no Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq). A primeira criança a ser vacinada foi Jhin Pirlo Lima Silva, de 5 anos de idade, que tem microcefalia causada pela Síndrome Congênita do Zika Vírus. 

A Secretaria de Saúde Municipal disponibilizou brinquedos, presentes e espaço para observação após a aplicação da vacina. Em um caso, a vacinação precisou ser realizada dentro de uma ambulância com o garoto Pedro Alves, que tem uma síndrome rara e respira através de aparelho. "É uma emoção muito grande poder ver ele ser vacinado pois vacina salva vidas. Sempre tem muitos profissionais que precisam atendê-lo em casa e ele precisa estar protegido", disse. 

"Como acontece desde o início da campanha de vacinação, nós sempre iniciamos a aplicação das doses logo após o recebimento. E hoje não foi diferente, o que demonstra nossa efetividade nesse processo, e assim somos a primeira cidade do Estado a vacinar as crianças", disse o secretário de Saúde, Gilney Porto. 

A partir da segunda-feira, 17, será iniciada a vacinação de crianças com comorbidades no Parque da Liberdade. Para este grupo, será exigido o agendamento realizado pelo site vacinacao.campinagrande.pb.gov.br ou pelo aplicativo Vacina Campina. O agendamento será disponibilizado na noite do domingo, 16.

Crianças com comorbidades 

A Secretaria de Saúde também vai imunizar as crianças de instituições como Instituto dos Cegos e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Outra estratégia adotada durante a campanha será a aplicação das doses nas escolas públicas e privadas. 

A vacinação das crianças é facultativa e a decisão cabe aos pais e/ou responsáveis e não é exigida prescrição médica. Diversos órgãos de saúde pública e coletiva, como a Organização Mundial da Saúde, emitiram pareceres recomendando a aplicação da vacina nas crianças de 5 a 11 anos de idade.

A vacina pediátrica é especial, tem apenas um terço d dosagem da vacina adulta e é aplicada em duas doses no intervalo de 8 semanas. Os efeitos colaterais são os mesmos registrados em adultos e adolescentes, como dor e inchaço na região da aplicação, febre e mal-estar. Em casos raríssimos de reações adversas, foram registrados episódios de miocardite em adolescentes e adultos vacinados.

Apesar dessa possibilidade remota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliou que os benefícios são maiores que os riscos, visto que mais de 3 mil pessoas nessa faixa etária morreram de covid-19 no país e que as crianças podem ser vetores de transmissão, já que geralmente são assintomáticos quando infectados, principalmente diante da nova variante Ômicron.

Redação/Codecom-PMCG