22/07/2021

Futuro Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira já esteve com Lula e Dilma Futuro Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira já esteve com Lula e Dilma




Foto: Pablo Jacob-Ag. Globo  -  


Prestes a ser nomeado ministro-chefe da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais líderes do Centrão e fiador da entrada do bloco no governo Jair Bolsonaro, responde a duas denúncias apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) em decorrência das investigações da Lava-Jato e ainda é alvo de um inquérito decorrente da delação do empresário Joesley Batista. Também foi alvo de três ações por improbidade administrativa, de acordo com levantamento feito pelo jornal O Globo na Justiça Federal.

Senador desde 2010, a maior parte das questões judiciais envolvendo Ciro corre nas instâncias superiores em razão do foro privilegiado. Os casos na Suprema Côrte caminham desde 2017.

Uma das denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2018 acusa o senador de tentar obstruir as investigações da Lava-Jato por supostamente ameaçar e tentar comprar uma testemunha que prestou depoimentos à Polícia Federal.

A outra denúncia, apresentada em fevereiro de 2020, aponta pagamento de dinheiro ilegal da Odebrecht para campanhas eleitorais de Ciro Nogueira. Os crimes apontados são corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

Segundo os delatores, ele pediu à Odebrecht recursos para sua campanha eleitoral em 2010, tendo recebido R$ 300 mil, fora da contabilidade oficial. Segundo a PGR, as doações tinham como contrapartida a ajuda que Ciro poderia prestar à Odebrecht em razão do cargo público que ocupa.

O STF ainda não julgou o recebimento dessas ações contra Ciro. Caso elas sejam recebidas, ele se tornaria réu.

Há ainda o inquérito aberto a partir da delação de Joesley Batista que o investiga por suposto recebimento de propina da JBS para que o PP apoiasse a eleição e o governo de Dilma Rousseff. Em maio, a Polícia Federal informou que encontrou provas que reforçam a suspeita de que Ciro recebeu R$ 5 milhões, pediu prorrogação do inquérito e solicitou que o senador seja interrogado novamente. A ministra Rosa Weber ainda não se manifestou sobre o pedido.

Indo mesmo para o MInistério de Bolsonaro,Ciro Nogueira será substituído no Senado pela própria mãe, Eliane Nogueira, que é a sua primeira suplente.

Redação com jornal O Globo